Há um mundo dentro da gente
Que se esconde na estrada do tempo
Mas se revela assim de repente
Quando se sente o cheiro do mato
Se escuta a vertente distante
E o riacho lambe teus pés.
É um mundo que brota lá de dentro
Num gole de água gelada
No sabor da fruta madura
No aroma das flores do campo
Na textura macia dos seixos
No infinito que invade o olhar
Este mundo tão diferente
Que vem devagar lá de fora
Não é o que já foi embora
Mas o que queremos na frente
Nos passos que ainda não demos
Nos sonhos que não conquistamos
O que nos parece tão longe
Está ao alcance das mãos
É a estância dos nossos desejos
Fazenda do nosso futuro
Que liga a natureza com a gente
E a gente com a vida, agora.